Nossa alma adoece?

E como nossa alma adoece! Nosso corpo não passa de um mero instrumento que sofre as consequências das doenças da alma.

Você já ouviu aquele ditado de que devemos tirar a laranja podre do saco para não apodrecer as sãs que estão lá?

Por isso, Jesus insistia com seus pecadores que curava para que não pecassem mais, caso contrário, iriam se tornar enfermos novamente.

É preciso refletir com consciência: quando praticamos algum mal, certamente, nos desequilibramos espiritualmente, sem dúvida. É como se uma pequena luz ao final do túnel fosse apagada e tivesse que voltar a ser acesa através dos ajustes do mal praticado.

Sendo assim, enquanto não tratamos os desequilíbrios de nosso corpo o qual usamos provisoriamente dando origem a doenças nesse corpo.

É interessante pensar que as enfermidades que trazem o sofrimento são meios de expurgar, ou seja, purificar o espírito dos próprios desequilíbrios, levando-o a refletir sobre suas próprias falhas perante a vida e convidando-o para uma caminhada de ajustes e acertos para se sentir melhor, equilibrado consigo mesmo e com o universo.

Vale lembrar que o doente, mesmo nos momentos de solidão que enfrenta consigo mesmo, reflete (mesmo sem falar) em tudo que está passando. Certamente, o enfermo se lembrará mais da força, da potência do universo Superior, perceberá o quanto somos frágeis na matéria e, consequentemente, modificará seus hábitos, costumes, maneiras de pensar, de falar, de sentir perante a vida, ou seja, a própria sabedoria da vida o convidará para uma autorreflexão Divina.

Muitas pessoas que passam pela experiência de quase morte, por exemplo, sofrem uma parada cardíaca e retornam à vida por alguns minutos, modificando para melhor as atitudes, o comportamento, as ações que tinham.

E aí fica a dúvida: por que ocorrem tais mudanças comportamentais após um tamanho susto? Porque durante o pouco tempo de parada cardíaca, as pessoas entram em contato com a realidade do mundo espiritual que desconheciam. A partir daí, percebem que a vida física vai além da matéria, afinal não somos somente matéria, mas também um espírito vivo conectado ao universo Divino.

Outro exemplo para reflexão: imagine uma família que se muda para uma nova casa. Para manter a casa sempre legal e bonita, é preciso cuidá-la com carinho, reparar sempre o for necessário, caso contrário, tal família terá contaminado a casa com seu desleixo, ou seja, com seu relaxo.

O mesmo ocorre com o espírito doente, pessoal! O espírito doente, enquanto permanece doente, contamina o corpo “novinho em folha” que recebe ao nascer com os desequilíbrios que esse espírito traz. Isso provoca a doença no corpo a qual reflete as imperfeições da alma que nele passa a habitar.

Em resumo, a proposta de Jesus era a cura definitiva porque nos convidava para a cura do espírito, ou seja, um espírito sadio vive bem em um corpo são. Já o espírito doente contamina o corpo são o qual acaba por adoecer também.

Então, minha gente, vamos curar primeiramente nossa alma para que nosso corpo não sofra as consequências dos desequilíbrios!

Nada de tristeza, rancor, decepção, mágoa das pessoas ou qualquer outro tipo de malefício tanto para nosso corpo quanto para nossa alma! Sejamos mais conscientes das ações, atitudes que temos para conosco e com as pessoas que nos cercam.

Deixemos nossas emoções positivas aflorarem sem medida. Vamos, todos juntos, praticar cada vez mais a essência do amor e do perdão em nosso coração, em nossa alma, pois temos sim, interiormente, o poder da autocura.

Convido todos para se conectarem mais com o universo Superior, pois ao se conectar com a magia Divina, certamente, nossa alma irá se curando, de forma gradativa, de todos os desequilíbrios. Dê mais atenção para si mesmo em todos os sentidos da vida, ame-se fervorosamente e, por consequência, ame o próximo como a ti mesmo!

Fica aqui a reflexão de hoje para vocês! Fé, paz no coração e luz, luz, luz na alma!

Beijos,

Márcia Fernandes

Revista Guia da Doutrina Espírita Especial. Ano 4, nº 3 – 2015. Editora Alto Astral.