A Copa do Mundo e Chico Xavier

“A morte não existe”. Em outras palavras, somos formados por algo além da matéria, o espírito, que quando o corpo falece continua a sua existência. Esse é um dos principais conceitos da doutrina kardecista, codificada por Allan Kardec no século XIX na Europa.

No entanto, no Brasil, um país de formação católica, esse conceito só passou a ser reconhecido graças ao trabalho de um dos maiores médiuns da história, Chico Xavier. O homem que escreveu ao longo de seus 92 anos, 412 livros, tendo vendido mais de 30 milhões de exemplares.

Hoje, todos sabem quem ele é, são livros, filmes, documentários, Chico está em todos os lugares. Mas nem sempre foi assim, por isso decidi fazer um post sobre a vida deste homem inter existente. Que viveu dos 4 anos até a sua passagem entre o mundo dos vivos e dos espíritos.

No dia 02 de abril de 1910, no interior de Minas Gerais, nasceu Francisco de Paula Cândido Xavier. Filho de uma família simples e tradicional foi criado no catolicismo, como era o costume. Mas aos quatro anos de idade teve o seu primeiro contato com um espírito, e a partir de então passou a ver vultos e ouvir vozes.

A situação ficou mais difícil para o pequeno Chico, quando aos cinco anos a sua mãe, Maria João de Deus, faleceu. Como seu pai era um caixeiro viajante, ele foi morar com a madrinha, que o torturava, tratando-o como um anormal.

Nessa época sua grande companhia era o espírito de sua mãe, com quem passava a tarde conversando. Quando seu pai se casou novamente, Chico passou a morar com a madrasta, Cidália Baptista, que compreendia seu dom.

Adolescente iniciou contato psicográfico, escrevendo poemas de autores famosos, como Humberto de Campos. Com isso enfrentou muitos problemas com os descrentes e com a mídia. Chegou-se a afirmar que ele lia os poetas para depois imitá-los. Mas junto a isso veio também o reconhecimento, milhares de pessoas passaram a procurá-lo em busca de uma cura ou de um conforto espiritual.

Sem tempo para casamento, Chico dedicou a sua vida ao espiritismo e ao seu filho adotivo, Eurípedes Higino dos Reis. Aos 92 anos, veio a falecer exatamente como havia previsto. O médium afirmava que morreria no dia em que toda a nação brasileira estivesse feliz, e assim fora, pois neste dia a seleção brasileira havia vencido pela 5ª vez a copa do mundo.

Essa é a história do nosso querido Chico Xavier. As pessoas sempre me perguntam: seria ele a reencarnação de Kardec? Eu não acredito, como também não creio que ele reencarne, ou já tenha reencarnado. Chico não era perfeito, mas com certeza era extremamente evoluído. Então reencarnar para quê?

Então queridos que no término da Copa, possamos continuar com os corações unidos, como agora.

Por hoje é isso. Fica aqui a minha singela homenagem a ele.

Beijos e muita luz a todos,

Márcia Fernandes.