A ética da convivência

Muita gente tem ética e nem sabe o que é, mas também muitos só falam nela, porém não a têm.

Quem tem amor pelo próximo, tem ética. Devo lembrar que ter ética não é só ter boas intenções, é preciso ter boa vontade e firmeza para segui-la. Outra coisa a ser lembrada é que ética não são só palavras, mas também ações, estas que são as que nos mostram a importância de tratar o próximo como gostaríamos de ser tratados.

Reconhecer o próximo como importante é embutir-lhe um valor e isso ajuda muito quando percebemos que nossos irmãos, assim como nós, temos dúvidas, medos, angústias, aspirações, esperanças. É descobrirmos no outro como semelhante com potencialidades e limitações como nós. Em poucas palavras ter ética é “amar”.

Ninguém se torna ético por seguir um código, uma receita, pois a ética vem de dentro, vem do bem agir, vem do amor. Ter consciência de que amor não é um jogo, não é brincadeira, é sim muita seriedade.

A ética é a síntese de todas as virtudes, aplicadas à vida prática, só tem sentido quando bem vivenciada, quando irradiada: ter amor, espalhar amor, colher amor, sentir o amor.

Nada disso é ingenuidade, tolice é pensar que a vaidade e a astúcia podem conquistar alguma coisa que preste. O que pode acrescentar a alguém desdenhar a virtude? Pautar a própria conduta por sentimentos elevados é sinal de prudência e não de pieguismo como imaginam algumas inteligências doentes, no cuidado de seus próprios interesses e envenenadas pelo excesso de amor próprio.

Aquele que ama, logo sente os efeitos do amor, quem age com ética tem seu próprio modo de agir, a sua maior recompensa. André Luiz disse “quem acende uma luz é o primeiro a ser iluminado”. Ter ética é “amar”.

Ótima sabedoria para sua alma, não é mesmo? 

Beijos,

Márcia Fernandes