A magia da adoção e espiritualidade

magia_adocaoTalvez já pensamos em adotar um filho um dia, mas muitas dúvidas e incertezas surgem pelo caminho ou ainda temos medo e tantos preconceitos.

Primeiramente, vamos entender o que é uma adoção. Adoção é um termo associado à possibilidade de uma mãe que não tenha condições biológicas naturais, por razão de infertilidade entre outras situações de conseguir gerar um filho. Por esses e outros motivos, a mulher resolve adotar uma criança e juridicamente, tudo será resolvido e o futuro pimpolho terá os mesmos direitos de um herdeiro biológico.

Perante a lei brasileira, quem pode adotar uma criança e quem pode ser adotado?

Os adultos maiores de 18 anos, que seja pelo menos 16 anos mais velho que o adotando; divorciados ou separados podem adotar uma criança, desde que a convivência tenha iniciado durante a união conjugal e desde que acordem com o sistema de visitas. Os avós ou irmãos não podem adotar. Neste caso, é preciso um pedido de Guarda ou Tutela que deverá ser ajuizado na Vara de Família do Fórum de sua residência.

As crianças ou adolescentes menores de 18 anos podem ser adotadas e pessoa maior de 18 anos que já esteja sob a guarda ou tutela do adotante na data do pedido de adoção.

Mas o que significa adoção diante da espiritualidade?

Pessoal, podemos considerar a adoção como uma maternidade especial. É isso mesmo! A criança não foi gerada de forma biológica, dentro do útero da mãe, mas foi gerada no coração, na mente, na alma de quem deseja a adoção. Portanto, as pessoas que se envolvem em todo esse processo, apesar das dificuldades as quais encontrarão pelo caminho, devem estar conscientes com o compromisso de um ideal, logo, é sim um momento de reflexão, preparação, busca de conhecimento para que uma nova vida entre na rotina da família.

Saiba que quando ocorre um caso de adoção, isso já foi determinado entre os pais ou pessoas envolvidas e o filho, portanto, esse laço já vem da espiritualidade. Nenhum filho chega por acaso, de paraquedas na conjuntura de uma família, a união é sublime, são seres com verdadeiros vínculos de amor incondicional, carinho e afeto.

Espiritualmente falando, os benefícios são muitos para quem deseja exercitar o dom da maternidade. É um riquíssimo aprendizado de vida para ambos os espíritos, experiência única de troca de amor, ternura, presença de Deus em nós, já que todos nós somos irmãos.

Se entendermos que o processo reencarnatório faz parte de nossa vida, entenderemos melhor o processo de adoção. Nada vem por acaso em nossa trajetória existencial, já planejamos muitas coisas lá no mundo espiritual e basta apenas concretizá-las aqui na Terra de forma serena, consciente, pacífica e alegre. Portanto, nossos filhos adotivos são nossos companheiros de vidas passadas que por algum motivo se desviaram enquanto filhos (talvez pelo motivo de orgulho, vaidade, egoísmo), em algum momento, e que agora retornam para as famílias com o intuito de acertarem os ponteiros do relógio espiritual.

Aos pais adotivos cabem a missão de orientar esses filhos adotivos no caminho do bem, da paz, do amor, da responsabilidade, do comprometimento com a vida, qualidades também iguais ao da criação de um filho biológico. E eles já devem saber toda a verdade desde cedo, de que são filhos adotivos, afinal teremos sim o dever cristão de revelar quem realmente são. André Luiz nos esclarece quanto a isso: “Filhos adotivos, quando crescem ignorando a verdade, costumam trazer enormes complicações, principalmente, quando ouvem esclarecimentos de outras pessoas”. Então, que a verdade sobre sua origem seja dita desde cedo, dessa forma, não se perderá o rumo do laço afetivo de amor, confiança e de paz.

E uma pergunta que muitas pessoas fazem: será que é certo a criança ser adotada por casais homossexuais? De acordo com a visão espírita, o amor não tem sexo, portanto, qualquer pessoa que tenha amor de sobra para dar, exponha esse amor, doe carinho, afeto, sentimento de luz a outra pessoa, independente de sexo, raça, cor. Se pensarmos nas indiferenças do ser humano, estaremos valorizando o preconceito e isso não é válido no processo de evolução espiritual. Lei Maior da Espiritualidade: que prevaleça o sentimento de amar.

E para finalizar o post de hoje, já dizia Allan Kardec: “Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias”.

Gente, o amor não tem barreiras e não pode ser preconceituoso.  Viva, ame e seja feliz!

Beijos,

Márcia Fernandes