A morte em nossa vida

Um minuto pode ser pouco para se aproveitar, mas é muito para se perder.” – Autor desconhecido

No meu dia-a-dia, no meu trabalho, um dos assuntos que mais enfrento é a morte. Para mim é cotidiano falar no tema, mas para a maioria das pessoas a morte é um tabu. A questão hoje não é o que acontece depois da morte, mas como ela nos impede de viver.

Eu entendo que imaginar que o livro da vida está em seu último capítulo é assustador. Se pudéssemos não deixaríamos o tempo passar, pois é ele que normalmente nos leva ao fim. Mas acontece que a morte não existe, quando o livro “acaba” passamos a viver uma nova história.

O que não pode ocorrer é deixar de aproveitar o caminho, por não saber como termina a estrada. Se a morte já é uma aflição natural humana, com certeza a ansiedade, a correria, a violência dos dias modernos só agravam esse sentimento. O resultado é triste, pessoas rasas, sem vida, assustadas e perdendo tempo.

Percebemos que as pessoas têm medo de tudo que simboliza o fim, a perda. Quantas vezes ouvimos “não quero um cachorro, pois se ele morrer…”, “Não vou me envolver, pois vou acabar me machucando” ou “não vou nem tentar…”.

Na verdade o medo de tentar, de arriscar, de viver, acaba sendo como perder um jogo por WO. Com certeza é melhor perder por ter tentado do que perder por ter desistido, não é? Mas, o pavor da morte, ou de qualquer fim, nos leva a viver como vegetais.

Agora, que tal pararmos para pensar? Vale deixar de aproveitar aquilo que amamos para evitar a dor posterior? Viver é dar valor, curtir, amar, se entregar. Encare a vida, faça dela o melhor possível. Pense e mude tudo que quiser. Não deu certo? Mude suas crenças, seu endereço, seu perfil.

Assim quando for necessário que se faça a passagem, não haverá mais apego, pois você terá a sensação de missão cumprida. E, se você ainda estiver curioso para saber como é o outro lado, eu garanto: é ainda mais belo. Só depende de você!

Viva o hoje!

Beijos,

Márcia Fernandes.