Características do número Sete na Umbanda

Por que o número Sete?

Vamos começar pesquisando sobre a quantidade de ocorrências que envolve este número, pois muita informação podemos encontrar em diversas áreas, inclusive no Ocultismo, Esoterismo, Misticismo e Religiões, especialmente aquelas que têm algo com a Umbanda.

Pensando nas situações mais corriqueiras, os sete dias da semana e mais que isso: o dia de ciclos lunar que é (sete multiplicado por quatro), o ciclo menstrual feminino que gera a vida humana, o número de dias da criação do mundo, na Grécia Antiga havia sete sábios e sete Divindades  que comandavam a natureza, são sete as notas musicais, toda sepultura com sete palmos, existe a tradição de pular sete ondas, são sete os algarismos romanos que somados fazem com que se possa contar infinitamente, no dominó começamos com sete pedras etc. Essas são pequenas curiosidades que acercam tal número.

Pesquisando as histórias e as ciências, encontramos o sete no número das maravilhas do mundo antigo. Mesmo na história do Brasil, há ocorrências relativas ao número sete: o número de estado que teve a polícia desafiada por Lampião, o número de páginas da carta de Pero Vaz Caminha, o dia da Independência do Brasil (sete de setembro) que embora seja o nono mês do ano no calendário gregoriano, é o sétimo no calendário romano e o nome do Brasil aparece sete vezes no Hino Nacional.

Além disso, o sete é o número de cores refratadas por um prisma e que podem ser observadas a olho nu no arco-íris.

Será que tantas ocorrências assim são coincidências ou momentos distintos em que podemos ver a ordem de funcionamento deste mundo em ação na sua lógica mais pura?

Já dizia Pitágoras: “A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus”.

Assim crer que tudo não passa de coincidência de fatos, de entretenimento para curiosos é um pouco de imaturidade.

Temos a confirmação quando procuramos o número sete em tudo relacionado aos conhecimentos do oculto e às religiões que deram origem à Umbanda.

Na Astrologia são sete os astros sagrados, sendo a lua a representação masculino e o sol, o feminino;  também na Astrologia são sete as constelações que possuem sete estrelas.

No Espiritismo são sete os planos de evolução, os elementais, os grandes princípios herméticos, os signos representados por animais, os princípios da mora e as virtudes humanas são sete.

Já no Cristianismo, algumas das curiosidades relacionadas ao número sete são bastante conhecidas. No mundo moderno, canônico ou popular diz a tradição que Joana D’Arc ao ser queimada na fogueira exclamou sete vezes o nome de Jesus, que sete anos foram gastos na construção do Templo de Salomão e que serão sete as trombetas a soar no Apocalipse, além da última frase de Jesus antes de morrer na cruz avertido em sete palavras mesmo em sua tradução  do hebraico “Pai em tuas mãos entrego meu espírito”.

Mais do que isso, são muitas referências ao número sete no Catolicismo canônico: os pecados capitais e os sacramentos. Além disso, eram sete também as igrejas da Antiguidade, o grau de hierarquia dos Anjos, as dores de Nossa Senhora, os livros do Antigo Testamento, as chagas de Cristo entre outros.

Todos esses fatores fazem do número sete um dos pilares da cosmogonia da Umbanda, já que esta profunda e intrinsecamente ligada ao Catolicismo popular acabara herdando algumas características.

Todavia, quando falamos sobre a relação desse número com os Orixás provenientes dos cultos africanos, o assunto se complica um pouco. Tudo porque diferentemente da cosmogonia judaica cristã que tem forte base os números 1 unidade, 3 trindade, 7 criação nos cultos africanos, essa base muda para outra, bastante diversa e bem mais intricada.

Que fique claro que nada é matemática, mas de visão e organização numérica do mundo. Para os africanos, a base não está em três números, mas em 16 (1+6=7), os dezesseis primeiros números da contagem numérica quantitativa representam a possibilidade do destino os quais estavam vinculado o espírito humano e a isso foi dado o nome de Odus.

Gostaram do post? Espero que sim!

Interessante sabedoria, não é mesmo?

Beijos,

Márcia Fernandes