Márcia Fernandes comenta serenidade com que Orival Pessini, o Fofão, encarou a passagem

“Ele agradeceu muito a Deus, olhou na direção do infinito com o olho entreaberto e falou: ‘que lindo’. Esse presente ele deixou para nós, essa lição.”

Foi assim que Marlene Vasen, ex-mulher do ator Orival Pessini, relatou ter sido o último momento dele antes de morrer, em decorrência de câncer.

Orival, que estava com 72 anos, ficou famoso ao criar e interpretar personagens populares como Fofão, Patropi e Sócrates – sempre usando as máscaras de borracha que ele próprio confeccionava.

A ex-companheira revelou outro ensinamento deixado pelo talentoso artista: “Ele sempre falava para não usar a força e, sim, a inteligência”.

Márcia Fernandes analisa a espiritualidade de Orival Pessini e comenta essa postura tão serena ao encarar o fim da vida:

“Ele tinha mediunidade extrema, inclusive de transporte espiritual. Um homem muito sensível. E completamente justo. Se não tivesse cumprido a missão de alegrar as pessoas, teria sido um grande juiz. A serenidade diante da morte é típica de quem possui um espírito evoluído e não precisa ficar aqui, sofrendo; talvez nem precise voltar em outra vida. Geralmente, quem morre aos 64 anos ou aos 72, como Orival Pessini, parte com a missão totalmente realizada. Quando ele disse ‘que lindo!’, pouco antes de desencarnar, deve ter visto a luz azulada do túnel que faz a ligação entre a vida aqui e a vida do outro lado”.

Fotos: Divulgação

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