Quando podemos considerar um milagre?

Muita gente pensa, mas tudo é milagre?

Gente, milagre é a impossibilidade do certo, quando há algo sem saída.

Por essa causa é que se usa a palavra “milagre” para algo com resultado extraordinário, impossível.

Se não é humano, é sobrenatural, milagroso; algo contrário à natureza.

Com uma infinidade de deuses e símbolos pagãos, os gregos consideram um milagre um espanto diante do inexplicável. O surgimento da filosofia, com Tales de Mileto, busca desvendar a origem do universo através da natureza e ficou conhecida como milagre grego, a compreensão da magnitude da criação através da razão.

Tales acreditava que a água era o “dynamis”, o poder criador do mundo. Após vieram outras teorias atribuindo ao ar, terra, átomo etc. Tudo porém carecia de provas reais e convincentes nem sempre possíveis.

A razão ainda parecia insuficiente para explicar a plenitude das coisas que ultrapassam o mundo visível. A ciência evoluiu através dos séculos, uma conspiração de valores que passamos a entender melhor a vida em todos os seus aspectos. As perguntas sobre “dynamis” persistem entre a vida, a morte e o mistério sobrevivem repletos de interrogações.

O milagre tem seu valor, afinal o homem, através da ciência, já despertava para o conhecimento de Deus.

Milagre é a realização concreta da vida de Deus nos homens e na natureza. É a manifestação do amor do Criador, milagre é Cristo em nós, esperança e fé, uma vida vitoriosa de um espírito renovado e cheio de paz em um mundo corrompido pelo mal.

O mal é o esquecimento do milagre e o avesso da fé, é o abandono de Deus, o desprezo pelo simples.

Acreditem ou não, milagres continuam existindo entre o visível e o invisível, vida e morte, tudo renasce com a força do milagre.

Beijos,

Márcia Fernandes