“Quem não pode com mandinga, não carrega patuá”

Acredito que todos conhecem esta frase, mas poucos sabem que “mandinga” são grupos de africanos do norte e pela proximidade com os árabes se tornaram mulçumanos, religiosos os quais possuem algumas restrições com aqueles que não aceitam Alá como Deus ou Maomé como profeta.

Pois é, mas o que é um Patuá? Patuá é um objeto consagrado que traz o axé e a força mágica do Orixá, do Santo Católico ou Guia de Luz, a quem ele é consagrado.

Entre os católicos isso é muito usado, seja um pedaço de manto, lasca de pedra ou até mesmo um pouco de terra da Terra Santa e que a utilizavam em relicários, considerados amuletos para atrair bons fluidos e proteger dos infortúnios.

Da mesma forma na Umbanda, as pessoas buscavam proteção, pois tinham contato direto com entidades espirituais, algo material que continha a força da vitória sempre consigo. Aí as entidades começaram a indicar o que usar na confecção desse patuá para depois receberem seu axé, ou seja, a força mágica.

Na verdade, quem procura o patuá é quem se sente um pouco inseguro em algumas situações e assim necessita de maior proteção.

Alguns materiais são usados na c de patuás: figa de guiné, cavalos marinhos, olho de lobo, estrelas de Salomão, estrelas guia, cruz de caravaca, couro de lobo, pelo de lobo, Santo Antônio de guiné, Imagens de Exu e Pombas gira, pontos diversos, orações, sementes variadas, ímãs, dentes de cavalo etc.

Esses componentes não têm valor se não forem preparados pelas entidades específicas. Somente estas podem dar axé ao patuá.

Legal este conhecimento, não é mesmo?

Beijos,

Márcia Fernandes