Suicídio e espiritualidade

suicidio_espiritualidadeInfelizmente, ainda existem pessoas que cometem suicídio em nossa sociedade. Sempre ouvimos notícias pela mídia, pelo rádio, lemos algo a respeito nos jornais, nas revistas ou até mesmo essa tragédia poderá ocorrer com alguém que conhecemos ou dentro de nossa própria família.

Mas por que será que uma pessoa desesperada sente o desejo de tirar a própria vida? O que faz tal pessoa entrar em um processo de profunda depressão? De onde vem esse desinteresse pela própria existência?

Em primeiro lugar, saibamos que ninguém tem direito de por um ponto final na própria vida, portanto, quem se entrega ao suicídio está cometendo uma falha gravíssima em sua vida.

Sem dúvida, o suicida elimina a própria vida não sabendo o que acontecerá no pós-morte, apresenta a ilusão de que os problemas acabarão. Na verdade, é um ser que sofrerá e muito depois da morte. Nosso corpo realmente se decompõe, desaparece, mas não nos esqueçamos de que somos um espírito vivo, logo, existimos sim após o falecimento.

Quando a pessoa está doente, o desligamento do espírito para com o corpo é gradativo e segue o processo natural. Já no caso do suicídio, não existirá o desligamento, portanto, a pessoa sentirá todos os efeitos da causa da morte, sentirá dores etc.

Em termos de saúde emocional, o suicida não é uma pessoa equilibrada mentalmente e logo depois de sua atitude, arrepende-se amargamente, mas aí não tem como voltar ao tempo.

Segundo estudos, infelizmente, os suicidas são encaminhados ao “vale dos suicidas” (local sem luz, com mau cheiro, onde tem espíritos vingativos, raivosos, medrosos, sentem dores, tristeza profunda, angústia etc) até completarem um longo período de desligamento o qual seria de acordo com seu tempo de vida ainda encarnado.

O suicídio é um ato contrário à lei de Deus. Se nós estamos de passagem por aqui é porque precisamos evoluir enquanto espíritos e para isso, deveremos sim superar os obstáculos existentes, os desafios do caminho para que possamos seguir em frente mais maduros, experientes, rumo à luz Divina. Ninguém pode fugir de si mesmo, é necessário enfrentar as pedras, os espinhos, agradecer por tudo, pois a vida não é somente flores.

Então, de onde vem o desgosto pela vida?

O desgosto pela vida surge da falta de fé, portanto, devemos revigorar nossas energias quantas vezes forem necessárias, acreditarmos em Deus, acreditarmos em nosso poder interior e que podemos sim transformar nossa existência em uma existência repleta de luz e aprendizados.

Infelizmente, o suicida sofre e muito, mas é preciso tal sofrimento para que possa despertar-se e evoluir-se. Deus não condena ninguém, a luz Divina está sempre acesa dentro de nós, porém é preciso conectar-se a ela.

O que nós podemos fazer do lado de cá caso tenhamos algum conhecido que cometeu suicídio?

Devemos orar por ele! Faça seus pedidos aos espíritos Superiores para ajudá-lo, encaminhá-lo à luz e assim iniciar o tratamento espiritual. Tente enviar a ele vibrações energéticas positivas, orações sinceras, intenções de fé e amor. Ore também para os espíritos de luz ajudarem nesse futuro resgaste, pois quanto mais intenções positivas e preces, certamente, a solução será mais rápida.

Se você conhece alguém que apresenta pensamentos suicidas, saiba que este alguém precisa urgentemente de ajuda médica, psicológica, psiquiátrica, espiritual, pois é necessário fazer um tratamento.

E encerro o post de hoje com uma citação do escritor José Herculano Pires que se destacou como um dos mais ativos divulgadores do espiritismo no país:

O homem é o seu próprio juiz, no aquém e no além. Ninguém lhe pede contas do que fez, mas ele mesmo se defronta com a imagem do que foi e do que é. É essa a infalibilidade da Justiça Divina. O Tribunal de Deus está instalado na consciência de cada um de nós, e funciona com a regularidade absoluta das leis naturais.

Não somos julgados por nenhum tribunal sobrenatural, mas por nossa própria consciência. Daí a fatuidade dos julgamentos religiosos, das indulgências e dos sacramentos.

Deus, o Existente, partilha conosco das provas existenciais. E é dentro de nós, em nossa consciência, em nosso íntimo – sem que tenhamos a mínima possibilidade de fuga ou desculpas mentirosas, – que somos julgados.

Mas a Justiça de Deus, se é rigorosamente precisa, é também revestida de misericórdia. As atenuantes justas são levadas em conta e as oportunidades de regeneração e reparação dos erros e crimes jamais nos serão negadas.
Deus não nos castiga ou reprova: ele nos entrega a nós mesmos, sob a garantia infalível do tribunal consciencial.

Deus não nos criou para a perdição, mas para o desenvolvimento das nossas possibilidades divinas. O simbólico pagamento das dívidas do passado não é mais do que a reparação necessária dos nossos erros, por mais graves que sejam, para que possamos continuar na administração da nossa herança Divina”.

Fica aqui esta riquíssima sabedoria de hoje para você!

Beijos a todos e muita luz no coração!

Márcia Fernandes